sábado, 30 de julho de 2011

A efemeridade dos tempos


São tantas, tantas coisas. São tantos os motivos, tantas as soluções.

São diversas as opiniões, são vazios os embasamentos.

Chegue, mas seja leve.

Responda, mas seja breve.

É tão pedante a visão dogmática da coisa.

São tão mais fáceis as indústrias, empresas, as escolas e seus robôs pragmáticos.

No mundo vazio, amigo de infância das opiniões vastas e sem sentido, não procuramos embasar nossas razões, dar sentido às nossas visões.

Na era na qual nos encontramos, esta que a efemeridade dos sentimentos, opiniões, questionamentos, amores e razões sociais... Esta era de jovens levados a serem motivados por ídolos que falam de amor como se falassem da 2ª guerra mundial, que levam em suas composições sentimentalismo barato, opinião vazia, e muito dinheiro no bolso. Devemos, ao invés de tomates, tocar livros e solos de guitarra de verdadeiros nomes que merecem algum tipo de admiração.

Vivemos em tempos de guerra, uma batalha cerrada entre a verdadeira arte e o jabá. Entre o amor verdadeiro e a efemeridade de sentimentos. Onde o ''eu te amo'' não passa muitas vezes de uma condição.

Não veto letras que falam sobre amor, apenas desaprovo o sentimentalismo barato, o refrão óbvio, as frases prontas, que visam letras esdrúxulas prontas pra tocar na rádio e alimentar esse capitalismo subentendido do mundo da música hoje em dia.

Mas ainda existem jovens utópicos, que acreditam na mudança do sistema. No fim da disseminação de produtos caros e razões baratas. Jovens que creem na capacidade do ser humano discernir o bom do ruim. Só não se deixem corromper pelo sistema barato, não será um bom exemplo. Não se deixem vencer pelo cansaço no encontro com os pseudo pensantes.

Há tempos são os jovens da geração Coca-cola que adoecem.


Mari Palma

1 comentários:

Adri disse...

Ninguém pode falar ou cantar o que não vive, infelizmente hoje é esse "oco" que as pessoas vivem, um amor descartável, momentâneo... por conveniência. E quem não é assim fora, ou se adapta ao sistema.

Bom te ver escrevendo de novo, florzinha.

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